O Pontífice, notoriamente, com viés de esquerda e se mostrava mais próximo de ditadores da América Latina, inclusive de países que perseguiam cristãos.
A morte de Jorge Mario Bergloglio, ou simplesmente Papa Francisco, ocorrida às 2h45 (horário de Brasília) da madrugada desta segunda-feira, 21 de abril, e oficialmente anunciada pelo Vaticano neste mesmo dia, abre uma lacuna na Igreja Católica, em especial entre aqueles fiéis que direcionam seu olhar penas para o lado religioso, sem se importar com a posição política e contraditória de Francisco.

SEPARANDO O JOIO DO TRIGO
Papa Francisco, o mais alto representante da Igreja Católica e do Vaticano, uma instituição com grande influência política mundo afora, em especial, em muitos casos atuando de forma considerada por conservadores como “passapanismo”, ele jamais atuou de forma incisiva ou crítica diante das atrocidades cometidas por ditadores comunistas, como Fidel Castro (Cuba), Alberto Fujimori (Peru), Nicolás Maduro (Venezuela) entre outros, restringindo-se apenas a notas vagas e visivelmente politizadas. Para muitos, Francisco parecia fazer visitas grossas para graves problemas, em especial na América do Sul, região essa onde nasceu (em 17 de dezembro de 1936, Flores, Buenos Aires, Argentina), país esse que, durante décadas foi dominado por ditaduras e governos corruptos que jogaram o país na mais profunda miséria, com mais da metade da população vivendo em extrema pobreza e, mais uma vez, o líder religioso se ateve apenas a poucas, frias, e protocolares notas e falas sobre a situação calamitosa em seu país de origem que, nas últimas décadas, apenas sob o governo de Javier Milei, político conservador, parece tomar o rumo de melhoras na economia e nos índices de qualidade vida da população.

A MORTE DE FRANCISCO
13 DE MARÇO DE 2013 – Jorge Bergoglio (Papa Francisco) é eleito o 266º papa por 115 cardeais no segundo dia e na quinta votação do conclave dos cardeais. Fumaça branca aparece acima da Capela Sistina logo após às 19h, no horário local.
A morte do Papa Francisco, como não podia deixar de ser, causa comoção em diversas partes do mundo, em especial na comunidade católica. No entanto, durante 12 anos de seu papado, Francisco nunca foi unanimidade, nem mesmo dentro dos corredores do vaticano.



PONTOS DE CONTROVÉRSIA
No campo religioso, a controvérsia relacionada aos valores da Igreja Católica sob o pontificado de Papa Francisco surge de um choque entre a sua abordagem progressista e a resistência de setores conservadores e tradicionalistas dentro da Igreja. Ele foi criticado por mudanças em relação a questões como o casamento gay, o papel das mulheres na Igreja e a abordagem de abusos sexuais.



ABORDAGEM DO CASAMENTO GAY E HOMOSSEXUALIDADE
PONTOS DE CONTROVÉRSIA
Francisco foi criticado por alguns membros da ala conservadora por sua abordagem mais inclusiva em relação à homossexualidade, com alguns alegando que ele é “muito liberal” ou que as suas palavras geraram confusão.
Francisco foi elogiado por sua postura firme em relação à proteção de vítimas de abuso e por exigir que a Igreja os ouça, mas também enfrentou críticas por não ter ido longe o suficiente em algumas situações.
ABUSOS SEXUAIS
Ele defendeu a possibilidade de mulheres servirem como diaconisas e, a questão de permitir que se tornem sacerdotes continua a gerar controvérsia.

DIFERÊNÇAS IDEOLÓGICAS
A controvérsia reflete as diferenças ideológicas dentro da Igreja, com alguns membros mais preocupados com a tradição e outros mais preocupados com a modernidade e aquilo que chamavam de inclusão social.
A Igreja Católica enfrentou uma crise de confiança devido a escândalos de abuso sexual e corrupção, e a atuação de Francisco, que tenta mudar a Igreja por dentro, foi vista por alguns como uma tentativa de resolver essa crise.
DOUTRINA SOCIALISTA
O Papa Francisco enfatiza a importância da doutrina social da Igreja, que defende a justiça social e a proteção dos pobres e marginalizados, o que tem sido visto como uma mudança em relação aos papas anteriores, que eram mais conservadores.

O QUE OCORRE AGORA NA ESCOLHA DO NOVO PAPA?
A escolha de um novo papa irá demonstrar claramente quem dará as cartas na política global. De um lado, conservadores, do outro, a esquerda e a sanha de seguir imune em relação às críticas outrora vindas do Vaticano, mas que, durante o papado de Francisco, estiveram representadas apenas por curtas notas restringidas a discursos irrelevantes e com teor de “passapanismo” diante das mazelas e barbaridades cometidas por ditadores de esquerda mundo afora.

Há décadas que a política e a religião caminham em uma espécie de mãos dadas e, portanto, a progressão do sistema promovido pela esquerda mundial, muitas vezes representado por regimes ditatoriais, tão combatidos pela direita, passa diretamente pela escolha do novo papa. Caso este seja conservador, uma possível estagnação do sistema poderá ocorrer. Já, em caso de um papa com viés de esquerda, o que se pode esperar é um aceleramento e o aumento de práticas ditatoriais ainda maiores ao nível global. Isto porque, a igreja católica tem um peso extremamente relevante junto a seus fiéis diante do cenário político mundial e, diante daquilo que por ela é dito, combatido ou não. Impacta diretamente no posicionamento de milhões de pessoas ao redor do mundo, influenciando até mesmo na hora de votar nesse ou naquele candidato, principalmente na disputa entre direita e esquerda. Isto ocorre, na maioria das vezes por falta de conhecimento políticos de grande parte da população mundial, distorções de fatos por parte da grande mídia e, principalmente pela falta de posicionamento próprio em questões onde, o indivíduo busca na igreja as respostas para aquilo que deveria encontrar em outra seara. No entanto, diante da politização religiosa desde o Vaticano até aquela igreja no menor município do planeta, a maioria segue o padrão que lhe é imposto por lideranças religiosas em todo o mundo.
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